sábado, 29 de novembro de 2014

Resenha: Derby Girl


Título: Derby Girl (Whip It)

Autora: Shauna Cross

Editora: Galera Record


Páginas: 238


Estrelas
: 5 estrelas



O livro Derby Girl
é centrado na "história de vida" de Bliss Cavendar, uma garota de 16 anos completamente insatisfeita com
tudo que há na sua volta, e em especial a cidade em que vive, Bodeen, Texas. Pra ela a cidade de Bodeen não deveria ser um lugar onde as pessoas moram, apenas um centro de visitação ou algo do tipo, e por isso ela não aguenta mais viver ali. Para piorar, ela ainda tem diversas "provas" diárias: ter que encarar a mãe, Brooke, todos os dias e ouvir sobre sua louca obsessão com concursos de beleza, ser obrigada a aturar gente que odeia em sua escola e, pra fechar com chave de ouro, ter de ir a pior emprego do mundo pra ela: o Oink Joint. Mas Bliss nunca pensou que tudo isso mudaria com uma ida à Austin, a cidade vizinha, que fica há mais ou menos uma hora de Bodeen. Quando Brooke decide ir comprar roupas de concurso para a filha mais nova, Shania (ou Sweet Pea, como é chamada pela personagem principal), Bliss vai junto e em uma loja pega um folheto sobre uma competição de Roller Derby, um esporte radical e feminino que envolve patins, velocidade, arranhões e força. A garota não perde tempo: começa a treinar com seus patins da Barbie para entrar num time de Derby, ignorando por completo a regra que diz que apenas maiores de 18 podem participar e ainda fazendo tudo apenas com o consentimento de Pash Amini, sua melhor amiga.
"E meu lema é: quanto menos Brooke na minha vida, melhor."
Eu fui conquistada por esse livro desde as primeiras páginas, e um dos motivos é: a Bliss é MUITO irônica, o torna a escrita da autora extremamente engraçada. Eu dava cada risada lendo esse livro, que as minhas professoras devem ter ficado irritadas com minha presença na sala de aula delas. Mas eu não parei por causa disso. Realmente gostei da escrita da Shauna Cross, e me identificava com a Bliss em mais momentos do que esperava. Uma das coisas legais desse livro é as várias referências ao rock, tanto bandas quanto músicas, e eu adoro livros com referências musicais, principalmente quando são do meu gênero preferido. Na verdade, gostei do estilo da Bliss no geral, desde o cabelo azul até a camiseta de brechó do Stryper que ela usa em dias tristes para se animar.
"Gentilmente enfie sua bunda e calcinha-tamanho-band-aid de volta em seu jeans-apertado-demais, e não seremos forçadas a vomitar em você."
Eu vi muita gente criticando o livro por ter achado uma história clichê, mas eu nunca tive contato com uma história assim, relacionada a um esporte, então achei diferente e confesso que gostei da experiência. Sem falar que não é um livro que foca apenas no romance, e por mais que eu goste d uma história de amor, eu também curto livros que tem como centro da história algo diferente, e colocar Roller Derby aí foi muito legal. No começo, pode ser meio difícil de entender como funciona o esporte, mas eu não tive dificuldades, até porquê depois que comecei a ler o livro me toquei que já tinha visto o filme. Eu nem lembrava direito que tinha filme, mas depois que a Bliss começou a colocar a ideia de praticar Derby na cabeça eu lembrei. Não sabia da história porque tinha visto o filme há bastante tempo, mas agora que já li, estou doida pra ver de novo as Hurl Scouts na pista. Infelizmente, não achei o filme no Netflix e na internet não achei legendado, então ainda estou sofrendo por causa disso, mas vou superar e encontrar uma maneira.
"De repente me pergunto o que mais posso ter dentro de mim que foi reprimido por anos e anos participando de concursos de beleza."
Bom, adorei esse livro e tenho certeza que li no momento certo. Claro, se você está procurando uma história com grande lição de vida e sentido para a humanidade, eu sugiro deixar esse livro de lado por um tempo, mas se está procurando um livro mais descontraído pra deixar o tédio de domingo no fundo do armário, coloque Derby Girl no topo da lista de opções! Espero que tenham gostado da resenha e até mais :*
"Se o punk-rock fosse um esporte organizado por garotas rudes sobre patins, o resultado seria Roller Derby."

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